quinta-feira, 24 de junho de 2010

Quem quer mudar o mundo?




Todo mundo quer mudar o mundo. Peço permissão ao leitor para responder a pergunta em nome de todos. Mas não há no planeta quem não veja as coisas erradas e tenha dentro de si o desejo de mudá-las. É assim mesmo. Inato do ser humano.
Mas peço licença para dizer o que penso sobre o assunto. E o que penso é diferente do que andam pensando por aí. Porque sinceramente não acho que a mudança é como tem ocorrido. Vou mais além, pois para mim é uma questão do cerne de todas as coisas. A mudança é algo que deve trazer de volta à raiz, a essência, o núcleo. O começo do início!
Acontece que a maioria tenta mudar a realidade, só que permanecem na superfície, pois é exatamente isso tentam remendar a realidade que existe. Acho que é preciso criar outra. A realidade não é realmente real. É criada, inventada, remendada.
Parece estranho ou soa meio louco, mas não é. Afinal as coisas que chamamos de realidade são apenas fruto de persuasão da elite de poder. As coisas não são como são, e só são porque ninguém está preocupado em reconstruir uma outra vida real. A nossa moralidade é ficção, é tudo uma questão de vontade de poder. Não sou esquerdista, mas vou mencionar Marx.
Tudo para nós tem valor de mercado, tudo é comercializado, então acabamos sempre por buscar o que tem mais valor e honra para a realidade que nos cerca e nos movimenta. Outro exemplo: é correto para nossa “realidade” trabalhar de dia e dormir a noite, mas eu sinto sono de dia! Mas mesmo assim sigo as regras e ainda me sinto culpada por querer um travesseiro fofo de manhã. Ora, então a partir disso posso perceber que a realidade da elite de poder, passa a controlar minha vida interior, minha agenda. Então me programo a partir daquilo que tenho. Trabalho de dia, durmo a noite, descanso no fim de semana. E se eu quisesse inverter tudo? Almoçar de manhã, jantar a tarde, sei lá.
E ainda: quando estudei economia uma das primeiras coisas que estudei foi sobre valores, o professor nos deu um exemplo sobre o valor do diamante e da água.
Para mim, o que é de fato mais valioso? Água ou diamante? A superabundância da água reduz o seu preço, mas independente de sua fartura ela é realmente útil para mim, enquanto o diamante não.
Para que então, eu vou querer algo raro sem funcionalidade? Caprichos do capitalismo!
Sinceramente já que vivemos de símbolo, consumimos símbolos e amamos símbolos, acho que a mudança intrínseca de todas as coisas está nas trocas simbólicas.
Aff...Será que alguém entendeu?

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